A conversa que ficou para depois com a Clarinha
Uma razão antiga despertou-me para o contínuo o interesse em relevar o valor de uma empresária madeirense que o destino interrompeu muito cedo a sua jornada na Terra. Tinha apenas 42 anos. Estávamos em 1974, o ano da liberdade e da democracia em Portugal. O cancro tonou inglória a luta que a levou por essa Europa fora à procura da cura para a vida que fugia entre os dedos. Foi um dirimir de forças que se tornou desigual naqueles anos 70. A vontade de viver, os sonhos, e a determinação iam-se desvanecendo a cada dia naquele quarto amplo com vista para o mar. O desgosto de deixar os filhos ainda adensava mais a tristeza da empresária que ousou inovar e conseguiu afirmar-se numa sociedade fechada na ilha da Madeira. E foi porque carrego nos anos passados o desejo de mostrar a empreendedora que conheci muito depressa nos meus primeiros anos de vida que quis procurar quem a conheceu melhor que eu, mesmo vivendo diariamente com ela. Uma das pessoas que pedi ajuda foi à Clarinha, a simpáti